A EX-DIARISTA E AGORA AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS VAI SE FORMAR ASSISTENTE SOCIAL NO ANO QUE VEM
Hoje (22 de fevereiro) é o Dia do Auxiliar de Serviços Gerais. Na área da saúde, esta é uma atividade revestida da maior importância, pois abrange higiene e limpeza, entre outras atribuições dos profissionais deste setor. Na Fundação Pró-Rim, todas as pesquisas mostram o alto grau de satisfação dos pacientes renais, quando o assunto se refere a esta atividade, vital para quem está com a saúde comprometida.
Para marcar este dia, vamos contar hoje a história da Delicélia Vieira, auxiliar de serviços gerais da Fundação Pró-Rim. Ela nasceu em Terra Boa, uma pequena cidade do Paraná. Foi mãe com apenas 14 anos de idade. Hoje ela está com 40 anos, tem quatro filhas e quatro netos.
Delicélia chegou a Joinville há 14 anos. Trabalhou como diarista e depois em um supermercado. Em 2012, a mãe dela foi diagnosticada com doença renal crônica. Então Delicélia decidiu trazer os pais para morar com ela em Joinville. Encaminhou a mãe para a hemodiálise na Fundação Pró-Rim. Todos os dias ela acompanhava a mãe durante o tratamento.
Naquele período fez amizade com o pessoal da enfermagem e com pacientes. Descobriu que havia uma vaga para serviços gerais e imediatamente providenciou o currículo. Alguns dias depois foi chamada para a entrevista. Foi comunicada que havia sido aprovada e precisava apenas dos exames médicos admissionais.
Ficou muito feliz, porém, neste mesmo dia, recebeu a notícia mais triste da sua vida: a sua mãe havia falecido. Superada esta fase, começou a trabalhar na Fundação Pró-Rim e com sua prestatividade, simpatia e jeito simples, logo conquistou a amizade de todos, principalmente de Edvan, um paciente renal que veio do Tocantins em busca do transplante.
Naquela época ele fazia hemodiálise. “Bateu a química e a gente começou a namorar e não se largou mais”, conta a auxiliar de serviços gerais. Edvan fez o transplante em setembro de 2017 e, segundo ela, está muito bem.
Neste mesmo ano, ela foi escolhida como funcionária destaque da Fundação Pró-Rim. Esse reconhecimento a estimulou a voltar a estudar. Teve o apoio da Fundação Pró-Rim que lhe custeou 50 por cento de uma bolsa de estudos para o curso de serviço social. Ela vai se formar em julho do ano que vem e quando tiver uma oportunidade, pretende trabalhar nesta área na Fundação Pró-Rim. “Vai ser a realização de um sonho. Tenho muito ainda o que retribuir à Fundação Pró-Rim”, declara determinada.
Delicélia também é conselheira fiscal da Associação Catarinense dos Renais Crônicos. Recentemente esta associação recebeu como doação uma casa que pertencia a uma senhora de Joinville e que faleceu aos 82 anos. Ela deixou a família encarregada de fazer a transferência deste imóvel para uma instituição íntegra, que pudesse usá-la em benefício de quem precisa. “Agradeço a confiança da Olinda Rezendes da Silva, assistente social do setor de transplante, que me indicou para tocar este projeto da casa”, diz Delicélia.
Assim nasceu a Casa de Passagem Avó Laura, na Avenida Getúlio Vargas, em Joinville e que atende pacientes renais e seus familiares que vêm em busca de tratamento e não possuem condições financeiras para ficar em hotel ou pagar aluguel. Essa casa de passagem é administrada por Delicélia que juntamente com Edvan cuidam da estrutura do local, que tem capacidade para abrigar até 12 pessoas. Segundo ela, quem prepara a comida e cuida de tudo na casa, é o Edvan. “Ele é muito dedicado a quem precisa e faz tudo com muito amor”, garante.
Quando fala sobre a importância da Fundação Pró-Rim na sua vida, Delicélia se emociona. A Pró-Rim cuidou da minha mãe, do meu companheiro e agora transforma a minha vida, permitindo que eu reescreva a minha história. Definir em uma palavra o que eu sinto pela Pró-Rim? Gratidão”, conclui a futura assistente social