Nesta sexta-feira (27/09) é o Dia Nacional da Doação de Órgãos. Para marcar esta data, nada mais representativo do que destacar o amor de mães, que doam partes do seu próprio corpo para que seus filhos vivam plenamente.
Nas últimas duas décadas, na assessoria de imprensa da Fundação Pró-Rim, referência nacional no tratamento e transplantes de pacientes renais, contei, com emoção, centenas de histórias de amor à vida. Mas, o que mais me marcou foram os depoimentos das mães doadoras e o amor incondicional destas mulheres por seus filhos. O relato abaixo é uma homenagem ao amor mais verdadeiro que eu tive o privilégio de presenciar.
Confira algumas histórias de amor à vida de mães que doaram o rim para seu filho(a):
Jane e Israel | Mãe tem dois filhos com problema renal. Compatível a Israel, doa seu rim a ele.
Matheus e Josiany | Dei a vida ao meu filho duas vezes
Kelli Aparecida Schuda | “Só uma mãe faria isso por mim”
MÃES DOADORAS
O amor é o sentimento que mais nos aproxima da divindade. Ele é abrangente e propulsor. Sua essência se interliga a outros sentimentos nobres, entre eles, perdão, altruísmo, dedicação, entrega, renúncia, saudade, coragem, fé, solidariedade, amizade, felicidade e doação.
O amor de mãe é simbolizado na forma de um coração e se manifesta a partir de sementes germinadas pelo próprio coração. Quando ele brota, a vida da gente muda, os valores ganham percepções diferentes e as prioridades são realinhadas para dimensões até então desconhecidas. Nenhuma escala do universo é capaz de medir essa força infinita. Definir o amor de mãe é tentar explicar Deus. Talvez por isso, para se fazer entender, Deus criou a figura da mãe como forma de materializar e expandir o amor. Os filhos são meros instrumentos receptivos de quem ama sem limites. Mas, poucos se dão conta disso.
As mães são a memória dos filhos. “Não se esqueça do agasalho, do guarda-chuva, da comida na hora certa, de dormir cedo e, principalmente, de ligar para a sua mãe antes de dormir, nem que seja apenas para dar boa noite ou pedir a benção”.
Gestos de amor materno multiplicam-se nesta incondicionalidade. No entanto, nada mais representativo para uma mãe do que doar parte do seu próprio corpo ao filho que tem a saúde fragilizada. O que toda mãe mais deseja é ver seu filho vivo, saudável e feliz.
Acompanho com freqüência histórias que narram capítulos molhados por lágrimas de apreensão e sorrisos de felicidade, de mães que doam órgãos para que os filhos possam viver. “Se fosse permitido, eu doaria os dois rins para o meu filho”. Ou então: “doar o meu coração para os meus filhos? Não precisa. O meu coração já pertence a eles. Só falta arrancar aqui, do meu peito e fazê-lo bater no peito deles”.
Essas declarações retratam o sentimento comum de mães doadoras. Estão sempre prontas a repor peças danificadas no universo filial. Vivem para isso. Para elas, não basta ter dado a vida a eles. É preciso uma vigília diária.
Não importa a idade dos filhos, eles serão sempre crias indefesas e dependentes da proteção materna. Por isso, é preciso entender que elas gostam, mas não ligam tanto para presentes e nem homenagens em datas comemorativas. Na verdade, o que elas mais querem é tê-los por perto, o tempo todo, envolvidos nos seus braços. Afinal, os filhos são pedaços delas, as partes mais importantes desta vida.
Em cada um, em cada pedacinho dos filhos, é projetado o amor mais puro e incondicional. Este sentimento sagrado nasceu a partir de uma parceria com o criador que o plantou num espaço fértil, especial. Por isso, em todo o universo, este amor é impossível de ser mensurado em qualquer escala. Ele é infinito e não existe fora dos corações maternos.
LÉO SABALLA- Assessor de Imprensa Fundação Pró-Rim