De uma hora para outra a vida de Cristiano mudou radicalmente. Com dois filhos pequenos e a mulher grávida, ele descobriu em 2020 que estava com insuficiência renal crônica e dependeria de uma máquina para continuar vivo. Confira o relato emocionante de um paciente renal que perdeu a saúde e mesmo assim, ainda cuida dos três filhos pequenos e dos afazeres da casa, sempre de olho no transplante, enquanto a mulher trabalha fora para sustentar a família.
Por causa da doença, Cristiano não poderia mais trabalhar no seu ofício de vigilante. A mulher, Rosimara, não titubeou: assumiu o papel do marido (trabalhar fora), enquanto ele ficou no seu lugar e passou a se dedicar aos filhos e à casa. O sonho do casal, agora, é que o transplante faça a vida voltar ao mais próximo possível da normalidade.
-O que é a doença renal crônica? Leia mais informações aqui.
Neste domingo, Dia dos Pais, a família tem muito a esperar, comemorar e agradecer. Cristiano Miguel Dambroski, tem 36 anos, mora em Mafra (SC), é casado com Rosimara, de 29 anos. O casal tem três filhos: Victor, de cinco anos, Anna (três) e Alice, de apenas um ano. Em agosto de 2020, Cristiano fez alguns exames de rotina e descobriu uma alteração importante no exame de creatinina. A partir deste momento, a sua vida virou de cabeça pra baixo.
Diagnóstico e medo
Após uma bateria de exames, veio o diagnóstico dando conta que os seus rins estavam atrofiados. Então ele foi internado para implante de cateter e começou a dialisar emergencialmente na unidade parceira da Fundação Pró-Rim de Mafra. “Era véspera do meu aniversário. Meu mundo desmoronou e eu me perguntava: por que? Na minha cabeça achava que iria morrer naquele dia mesmo. Pensava muito nos meus filhos e na minha esposa que estava grávida. Passado esse momento, entendi que a gente vai se adaptando. E neste período tivemos que tomar medidas importantes, porém, racionais”, descreve Cristiano.
Assumindo as atividades domésticas
“De uma hora para outra eu não podia mais exercer o meu trabalho. Então a minha mulher decidiu trabalhar fora para sustentar a família”. Rosimara conta que após um ano, ela voltou a trabalhar como assistente administrativa. “Aquele período foi um momento de incertezas, pois havia o receio em retornar do trabalho durante a pandemia e levar o vírus para casa e prejudicar ainda mais a saúde do meu marido”, explica. Cristiano, por sua vez, lembra que “não havia condições financeiras para contratarmos alguém para cuidar da casa e, para não sobrecarregar a minha esposa, eu assumi as funções que ela fazia, como: dar banho nas crianças, preparar comida, lavar louça e roupa, ajudar na lição da escola, entre outras atividades domésticas”, relata o paciente renal. “Dá um trabalho danado, mas é muito gratificante”, acrescenta.
Dia dos pais
“Nosso Dia dos Pais, neste fim de semana, vai ter um almoço em família. Agora me sinto ao mesmo tempo pai e mãe dos meus filhos e eternamente agradecido por ter uma esposa maravilhosa. Rosimara e os meus filhos são minha base, o melhor que aconteceu na minha vida”, destaca Cristiano emocionado.
À espera do transplante
“Desejo fervorosamente realizar o transplante e tenho esperança que será logo e que tudo vai dar muito certo. Então voltarei a trabalhar para poder garantir estudo e formação para meus filhos. Vou ficar aqui por muito tempo ainda e vê-los crescer. A vida me deu uma nova chance e ensinou-me que viver é agora. Por isso, viva a vida agora, não deixe para depois, pois ninguém sabe o dia de amanhã. Sou muito feliz com minha família”, declara Cristiano. E completa: “Uma das coisas que descobri é que tenho muitos amigos, gente que me ajudou, especialmente a equipe que dá suporte à Fundação Pró-Rim. Gratidão a essas pessoas que estão sempre ao nosso lado”.
-Confira outras Histórias de Amor à Vida dos nossos pacientes, acesse aqui.
Léo Saballa
Comunicação – Fundação Pró-Rim